Do amor portanto
Eu escrevo para lembrar;
Para não ter que atrás pisar
E injustiçar meu coração;
Para que minha memória viva,
Para que a minha dor vista
O figurino que lhe cabe;
Para que a falta dela não me mate
Com seu gosto doce e ferino;
Escrevo como me respondendo,
Bem ou maldizendo,
Os adivinhos de meu destino.