Um amor para não recordar

Eu tenho um amor

Que não sei do que recordar

É um amor esquisito

É quase um bicho

Desses do mato

Mas eu que me mato

Por gostar de alguém

que é quase uma ficção.

Tem dias que penso que sou o Homem Aranha

E posso esperar pela Mary Jane Watson

Então descubro que teias arranham

E nos tornam caça.

Estou agora como clark kent

enfraquecido pela criptonita

da afonia de uma ilusão.

Estou dando adeus

(Não a “Jamir”, porque ela está bem viva

e sou apenas parecido com Landon no amor.)

Mas ao que sinto, porque é o jeito mais

Simples de dizer:

Teu silencio me emudeceu.

André de Siqueira
Enviado por André de Siqueira em 03/06/2019
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