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Entre lençóis de volúpias,
sinto meu corpo em desejos,
de sonhos desbotados pelo chão,
pela dor de não ter em mim as tuas mãos.

Vivo a vida com a singela lembrança,
de abraços trocados em noites de esperança,
onde deixo meu sonho voar em cada anoitecer.

Enquanto a lua nos observa sem deixar-se ver,
teu sorriso me aparece e me agarras,
doido por me corromper.

E meu corpo sobrepõe ao fogo da tua paixão,
e teu olhar sinto transformado em furacão,
e com todo o carinho que me podes demonstrar,
um beijo depositas no fundo do meu olhar.

Neste momento,
quando para mim teu amor já havia perdido,
vejo-te das cinzas renascido,
e a ti dou de beber, o fogo que me estavas a oferecer!

Bebo desta fonte com emoção,
e em meus sonhos uma queixa,
uma lágrima no chão...

Pois o momento tão sonhado se desvanece,
a mente se entristece pela realidade ver:
não lhe posso ter!
MIRAH
Enviado por MIRAH em 25/09/2007
Código do texto: T667460