LIMINARES PARA UM NOVO MILÊNIO

A TODO HOMEM PÚBLICO IRRESPONSÁVEL, LADINO, CRUEL, QUE FAZ DO SEU GARGO, O REPASTO NATURAL, ARTESANAL, DA PRÓPRIA PATOLOGIA.

Morte e vida

Da Severina

Paraíba mulher macho

Encontrada ainda agonizando

Fedorento inóspito morro abaixo.

Em sua boca

Complexo sorriso amargo

Orientado por olhos vítreos

Longínguos, vermelhos, esbugalhados

Testa franzida, rosto muito pálido

Corpo retorcido, membros queimados

Como se fosse personagem sórdido

Micróbio nojento, perigoso, anaeróbico

"Infeccionando nossas artérias sociais".

Dói mais

É sentir o descaso

Necrose do faro

Por onde pululam

Os verdadeiros larápios

Irmãos das safadas rendas

Arquitetos maiores das encrencas

Sob as chancelas de expúrios governantes

Prefeitos mais que imperfeitos, tão atuantes

Que o sentido trágico, carcomido de emancipação

Destas tribos doídas, machucadas, seriamente alijadas

Corre neurológicos acidentes, trêmulamente de mão em mão

Em mal cheirosas garrafas de perigosas, vicinais... cachaças.

Safadeza!

Hipocrisia!

Quando impedem que a verdade

Francamente, afetivamente, seja dita

Festança nua das injustiças impingidas

Na imprópria dança dos dedos em riste

Escudada lide em luvas duras de pregos

Flagelo dos semblantes ruços esfoliados

Sempre obrigados a "Ofertar o outro lado"

Exigência política do nefasto... tanto faz

História antiga, do sempre oprimindo mais um

Fantasia infeliz do agora globalizado... Século XXI.

Alexandre Halfeld
Enviado por Alexandre Halfeld em 25/09/2007
Reeditado em 29/09/2007
Código do texto: T667856
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