Castelo de Cartas...

Já passam das vinte e duas horas...

E uma pequenina lágrima teima em dependurar-se no canto esquerdo do olho.

Estou deitada de lado, sobre o braço, tentando esconder as sensações.

Você faz parte dessa raiva de mim...

Por tamanha idiotice.

Por acreditar que seria capaz de ter-lhe ao meu deleite,

Tão somente meu, no momento que fosse.

Entretanto, como num castelo de cartas minuciosamente selecionadas

Você teve a proeza de empilhar uma a uma...

Para derrubá-las num piscar de olhos.

Foi absurdamente indelicado...

Quando disse ter sido ingênuo.

Sua “ingenuidade “pôs tudo a perder.

Sou alma.

E isso é defeito...

Que seja!

Seria menos boba se talvez não pusesse meu sentir no que faço.

Jamais faria ou farei algo no modo automático!

Sou da entrega e da reciprocidade.

Todavia, mostrara-me que, mesmo na fase adulta,

Soube e sabe ser um adolescente inconsequente de suas palavras.

A criança linda deixou bem claro que o ser humano é falho

E que vaso quebrado não se cola com cuspe.

É preciso restauração para que o vejamos não tão danificado...

É preciso dedicação para reconquistar algo perdido por idiotice.

A noite será longa.

Os pensamentos, desconexos.

E a lágrima ainda se equilibra no canto do olho...

Querendo terminar sua trajetória nós lábios que você tanto admira...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 16/10/2019
Reeditado em 16/10/2019
Código do texto: T6771574
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