O QUE SOU

O QUE SOU

Às vezes eu minto

ou então insulto

Às vezes faço barulho,

Tento enganar

Com uma farsa qualquer,

Eu sou um artista

vivo a encenar

Querendo viver

Algum ato real,

Algo que de prazer.

Um castelo de areia

É o que sou,

Canção mal cantada

Uma flor decepada

Face enrugada,

O que sou...

Uma canoa furada.

Às vezes atento

Vendo o mundo

buscando apenas

uma forma de viver;

De não precisar enganar

De poder amar,

De me salvar,

Sou assim

Um esperar

Uma forma mutante

vivendo a sonhar

Algum momento de prazer.

Gabriel de Oliveira
Enviado por Gabriel de Oliveira em 04/10/2007
Reeditado em 07/12/2010
Código do texto: T679854