INSTANTES


Enquanto viva,
Realizo perpétuas tentativas de conhecer
Meus intentos.
Ingiro um vasto ritual mundano.
Nada me leva à latente alegria,
Tudo dilacera a liberdade,
Tudo disfarça a dor.
Sorrindo, morro e todos morrem a cada instante.

Hoje, sinto minhas mãos menos desesperadas,
Estou menos orgulhosa, fátua, incapaz.

Não devo resignar-me em ser menos que um resto de gente
Neste instante tão incômodo.
Devo sentir a vida, respirar a vida,
Transformar a raiva em serenidade ou pura ironia,
Olhar o céu e ver a tiara de luzes como esperança;
É o que me faz seguir sem rebeldia,
Sem anarquismo nas minhas atitudes!
Sinto, agora, um apelo profundo à minha reconstrução.
Ai de mim...











Ieda Alkimim
Enviado por Ieda Alkimim em 04/10/2007
Reeditado em 06/10/2007
Código do texto: T679950