Tem retalho de que(m)?
Perdido e iludido entre paixões vãs
Convencido da certeza de que é curta demais a vida para não se experienciar qualquer desejo,
Deixei-me entregar a ilusão de desejos "apaixonantes"
Talvez na certeza incerta da segurança contínua,
Talvezes, tais vezes...
Ora, segurança incerta, certeza insegura e concluiu um 'cientista':
'É possível que a inconstância seja a única constante da vida'.
Ora pois, mas o que fazer se quando, assim como sentiu o poeta,
Sinto eu: "saudade do tempo de velhos momentos..."?
Pego por vezes a pensar que:
Desperdicei eu, aquilo que era certo e seguro?
Me vejo a pensar, o que é viver?
Somente talvez me questiono das circunstâncias,
Condições estas se nequa non para o tudo que ocorrera.
Se quero culpar a alguém?
Lá no espelho está!
Eu, caçador de mim.
O que é a culpa? A presença da falta?
Talvez!
Que caçada é esta? A busca de mim?
Nela me construo? Me encontro?
Me perco?
Talvez!
O fato é que não sei! Esse é o ponto.
O ponto de tudo que vivera até aqui,
Desde 'as sombras das goiabeira debaixo dos laranjais'.
Ora pois, "cada um é o que sobrou de ontem,
O que juntou de tudo, diretor, protagonista e roteirista do seu mundo, vítima ou culpado, castigo ou recompensa"
O que faço eu com tudo isso?
Quando sou, apenas um homem transbordado de sentimentos.
No anseio desesperado da segurança certa,
No incerto do universo que se expande!