Tem retalho de que(m)?

Perdido e iludido entre paixões vãs

Convencido da certeza de que é curta demais a vida para não se experienciar qualquer desejo,

Deixei-me entregar a ilusão de desejos "apaixonantes"

Talvez na certeza incerta da segurança contínua,

Talvezes, tais vezes...

Ora, segurança incerta, certeza insegura e concluiu um 'cientista':

'É possível que a inconstância seja a única constante da vida'.

Ora pois, mas o que fazer se quando, assim como sentiu o poeta,

Sinto eu: "saudade do tempo de velhos momentos..."?

Pego por vezes a pensar que:

Desperdicei eu, aquilo que era certo e seguro?

Me vejo a pensar, o que é viver?

Somente talvez me questiono das circunstâncias,

Condições estas se nequa non para o tudo que ocorrera.

Se quero culpar a alguém?

Lá no espelho está!

Eu, caçador de mim.

O que é a culpa? A presença da falta?

Talvez!

Que caçada é esta? A busca de mim?

Nela me construo? Me encontro?

Me perco?

Talvez!

O fato é que não sei! Esse é o ponto.

O ponto de tudo que vivera até aqui,

Desde 'as sombras das goiabeira debaixo dos laranjais'.

Ora pois, "cada um é o que sobrou de ontem,

O que juntou de tudo, diretor, protagonista e roteirista do seu mundo, vítima ou culpado, castigo ou recompensa"

O que faço eu com tudo isso?

Quando sou, apenas um homem transbordado de sentimentos.

No anseio desesperado da segurança certa,

No incerto do universo que se expande!

Máximo Denominador Comum (MDC)
Enviado por Máximo Denominador Comum (MDC) em 29/02/2020
Reeditado em 29/02/2020
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