Náufragos
A canoa singra sangra as veias
Velha humanidade parada no semáforo
Cor de rosa
Cão uniformizado de guarda- encefálico
Vírus mental caixas levando os restos
De consciência crepúsculo clave em forma
De ferradura de um Negro Corcel
Orquestra flautas de cera diluição da fé
Mãos estendidas
Vazio tempo mortal terra em transe
Pobres mortais que somos
Porta sem fechadura tempo agonizante
Fechemos a boca
Inspira esperança expira tua face
No rosário de cruzes
Calvário de calamidade
A canoa singra o rio de desilusão
Sangram as veias do mundo
Ruas morada do silêncio
Zumbis caminhantes sobre as placentas
Cor da cal dieta dos mortos
Aberto semáforo para fé
Contra hegemônica
Verdadeira Cruz de Cristo .....