Questão arbitrária

Foi engraçado ouvi-la defendendo o outro,

sentir o amor misturado à paixão da impossibilidade (possível),

ter a certeza de que ela, finalmente, agora ama de verdade (o acessível)

e entender que o que vivemos foi mera projeção (amor frustrado).

De quantos pecados ela se cerca, enquanto o tempo a castiga?

O amor proibido sempre foi e sempre será aquilo o que a instiga?

Ou a leviana presença é a que se faz necessária?

Amor de areias escarnecidas, sobre as quais transitam esgotos,

nada mais em mim se aninharia, além de sentimentos rotos,

e aquela velha questão, de agora em diante, é arbitrária...

BASSANIO
Enviado por BASSANIO em 02/04/2020
Reeditado em 02/04/2020
Código do texto: T6904069
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.