Fruto podre

Somos conectados por telas iluminadas de uma luz tão artificial, mas a conexão ultrapassa esses limites impostos. Como pequenas faíscas que formam uma grande queimada, assim como essa queimação aqui no peito, esse aperto que prioriza a saudades, que infelizmente me traz a maldade de viver em inverdades.

Nada vai mudar...!

O medo me abraça, a angústia me rasga e me deixa em carne viva... Já nem me assusto mais. O desgosto saindo de mim e ficando apenas um vazio, ninguém vai entender o existencialismo das lágrimas em mim, que formam o Atlântico. Cair na minha imensidão visual, o mundo que acaba por nunca existir e nunca ter fim.

Obrigada por está aqui, na minha salmoura de ilusões frustradas, frutos ainda tão podres e eu os comi, por isso essa dor no meu estômago e por isso joguei tudo para fora, pra tentar tirar um pouco desse apodrecimento.

Será que foi como a maçã da Branca de Neve?

Sigo envenenada, agonizando com a chegada do veneno que percorre como uma chama avassaladora minha corrente sanguínea… Até chegar ao ponto fatal: o coração! E será o fim, talvez o começo pra mim... A vida segue linda como quiser seguir.

Debora Novaes
Enviado por Debora Novaes em 13/04/2020
Reeditado em 13/04/2020
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