Tempo

Há dias em que o tempo se rebela

O ponteiro do relógio pára

E a gente sequer repara

Imersos em pensamentos, em silêncio

Tudo permanece igual durante horas

Mas, quando vemos, um minuto não passou

Durante uma eternidade viajamos

E o dígito nem mudou

Quano queremos nos ver longe

Sempre conseguimos...

Em uma ausência notável

Representamos como num teatro de fantoches

Somos o que podemos ser

Somos o que nos deixam ter

E na eterna brevidade de um minuto

Se estivermos trancados entre quatro paredes

Onde o tudo e o nada pouco significam

Não somos ninguém