DOR

Ah! Como é grande essa dor

Nesse tempo agressor

Que agora só chove...

Não há palavra que explique

Nem dor que mais complique

Do que essa que se promove

Agora tudo é aborrecedor

Num dia triste e aliciador

Que só quer que eu aprove

O fim de toda a claridade

Mas, isso é pura crueldade!

E, até que minha fé se renove,

Luto contra todo o cansaço

E, se me falta o espaço,

Então, me desaprove.

Se o que tanto quero não pode ser

Não me resta mais nada

Então pra que viver?

Crava em meu peito uma espada

E, me deixa sangrar,

Por que se eu não posso te amar

É preferível morrer.