PAUSA

PAUSA

Exatamente a zero hora eu

Comecei um tempo próprio

Para o silêncio

As muitas vozes, risos e algazarras,

Incomodavam minha mudez do dia anterior.

Do meu interior.

Som perdido. Um imenso vazio...

O que me impede de ficar calada

É esse nó na garganta que fala!

E grita! Tanto grita que não me deixa dormir

Soletra palavras de adeus.

Sensação de perda

Ausência do ideal

Do sonho meu...

Dor das entranhas

Da estranha maneira

Que a vida teima em nos ferir

Inauguro o silêncio

Que agora há em mim.

Analúcia Azevedo. 19/10/2007

Analúcia Azevedo
Enviado por Analúcia Azevedo em 22/10/2007
Reeditado em 02/11/2007
Código do texto: T705007