PAUSA
PAUSA
Exatamente a zero hora eu
Comecei um tempo próprio
Para o silêncio
As muitas vozes, risos e algazarras,
Incomodavam minha mudez do dia anterior.
Do meu interior.
Som perdido. Um imenso vazio...
O que me impede de ficar calada
É esse nó na garganta que fala!
E grita! Tanto grita que não me deixa dormir
Soletra palavras de adeus.
Sensação de perda
Ausência do ideal
Do sonho meu...
Dor das entranhas
Da estranha maneira
Que a vida teima em nos ferir
Inauguro o silêncio
Que agora há em mim.
Analúcia Azevedo. 19/10/2007