Atrás do muro

Jazo aqui desconexada

Numa meada sem fim.

Não quero nada de nada

Nem nada me quer a mim.

Estou aqui na solidão

Que me cega neste escuro.

Sem a força da ilusão

Como pular este muro?

E esta nuvem a crescer

Sem fim,

No meu ser a cegar

A gelar, a escurecer...

A escarnecer

De mim!