É cilada, Bino!
Toda vez que te vejo penso em passar uma cantada
Tenho muita criatividade, a imaginação fértil
Mas na hora penso direito, decido usar minha última gota de juízo e resolvo então não fazer nada.
Tinha um decote discreto, havia alguma coisa errada
E eu olhava, e olhava... Mas não sabia dizer o que era
Tão comedido, ao mesmo tempo de maneira estranhamente ousada, te destacava...
Quanto menos eu compreendia mais eu observava,
Enxergava um mundo todo no vão entre os seios
E o decote nem era tão profundo,
por isso não entendia, então eu imaginava
Desviava o olhar,
mas meus olhos eram rebeldes
Hora ou outra voltavam a lhe fitar
Já vi essa história antes, em algum lugar
esse negócio é tipo carga pesada,
se eu fosse o Bino, Pedro me diria: caia fora, que é cilada!
Situações impossíveis deixam algumas pessoas perturbadas
Parar e pensar... Às vezes um benefício, às vezes um fardo.
Hoje é o máximo que consigo, nessa vida de tentativas desgraçadas.