Pobre mulher

Naquele canto esquecido

Dorme seu último despojo

De tantas noites de amores

Que hoje me causam nojo.

Deve sentir noutra alcova

Os seus devassos prazeres

E ao suspirar em outros seios

Já esqueceu seus deveres.

Não lembrará, com certeza

De tantas noites em claro

Que eu passei lhe esperando

Na solidão de um quarto.

Vou jogar fora lembranças

Tirar do meu peito insano

O que restou deste amor

Que não passou de um engano.

Quero olhar um novo horizonte

E não viver do passado

Encontrar um coração

Que precise ser amado.

Miro Homemnegro
Enviado por Miro Homemnegro em 29/01/2021
Reeditado em 06/02/2021
Código do texto: T7171411
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