Indagações na madrugada fria
Eu preciso saber o que aconteceu.
A madrugada é tão fria, o quarto vazio...
tudo se emudeceu...
As palavras doídas, geraram amargor,
o fel na minha língua, e uma navalha cortante em minha garganta o silêncio rompeu...
Te deixei assustado, feito bicho acuado, com um segredo tão meu...
Quis fazê-lo também seu e o que aconteceu...
Um nó na garganta, coração que dispara e a mente não pára de me criticar...
Você é louca, ansiosa, culpada de tudo, devia calar.
Pra que se rasgar, de muito falar, olha o que fez e veja no que deu...
Sua boba intensa, não aprendeu que todo sonho bom, tende a acabar...
Ana Lú Portes
Juiz de Fora, 24 de fevereiro, 2021