Entre grilhões

Até o dia em que a fé falha
Até o dia que a vida renega
Resvalando na beira do sonho
Próximo do abismo da desesperança
E a gente acorda,sem entender o mistério
De não ser nada, não ter nada
Até perder a esperança
E entender que é somente um fantasma
Se enganando que é gente...
Entre grilhões e gritos mudos
Revela-se o medo, a angústia
de encarar a morte, tristeza todo dia
De ver pingo a pingo o sonho morrer
Sem ter força de poder
Encarar os monstros travestidos de juízes
Que pensam ser os donos do mundo.
E minha raiva cresce,
entre covardes tenho que viver
Mentindo que cumpro as leis
Que só servem para acorrentar
Eu templário do tempo, me transfiguro
Morrendo a cada dia
Sem espada, sem coragem sem bandeira
Os bárbaros os vendilhões vencem
E eu choro sangrando meu coração..
Só me resta esperar e morrer..


 
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 13/04/2021
Código do texto: T7230779
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.