UMA FLOR NEGRA

Preso na torre da desgraça

Vejo espinhos crescendo ao meu redor

No meio de um labirinto de flores negras

Eis então que surge uma flor cor de sangue

Que se dissipa assim que toca as outras

Abalado pela carnificina da vida

Nego-me a acreditar

Colocarei em sua cama

Uma das mais belas flores negras

Colhida do mais belo jardim eterno

Onde descansam aqueles que não mais sentem

A brisa assassina dos dias comuns.

Tiago Quingosta
Enviado por Tiago Quingosta em 16/11/2005
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