UM BOM VINHO PARA AS VIDAS RUINS

Vive em meu sangue

O elixir dos deuses

Alucina-me

Corre, corre em minhas veias

Além dos meus mistérios

Felicidade instantânea

Quando a tristeza que me persegue aparece

É ele quem seca tuas lágrimas

Sem ele

A poesia morre

E morre toda a doçura interna

Aquece minha pele morta

Faz eu sentir-me vivo

Como nunca fui anteriormente

Ele pára o mundo

Dessa vez tu mandas

É veneno para o meu estômago

Mas remédio para minha alma

Minha música

Meu ritmo

Roube minha vida

Quando quiser

Quando abandona esse teu servo

Sinto um frio perfurar-me

Sem vontade de viver o amanhã

Minha doce e eterna mentira

Meu eterno eufemismo

É como sempre digo:

“Bonum vinum laetificat cor hominis”.

Tiago Quingosta
Enviado por Tiago Quingosta em 16/11/2005
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