UM BOM VINHO PARA AS VIDAS RUINS
Vive em meu sangue
O elixir dos deuses
Alucina-me
Corre, corre em minhas veias
Além dos meus mistérios
Felicidade instantânea
Quando a tristeza que me persegue aparece
É ele quem seca tuas lágrimas
Sem ele
A poesia morre
E morre toda a doçura interna
Aquece minha pele morta
Faz eu sentir-me vivo
Como nunca fui anteriormente
Ele pára o mundo
Dessa vez tu mandas
É veneno para o meu estômago
Mas remédio para minha alma
Minha música
Meu ritmo
Roube minha vida
Quando quiser
Quando abandona esse teu servo
Sinto um frio perfurar-me
Sem vontade de viver o amanhã
Minha doce e eterna mentira
Meu eterno eufemismo
É como sempre digo:
“Bonum vinum laetificat cor hominis”.