Laminas de Amor.

Na porta do coração

olhava triste as laminas afiadas

cravadas no peito sangrando

derramando esperanças por ter

te amado por nada, nada.

com bocas unidas bebemos

no mesmo cálice amargo

conquistamos o mesmo calor

dos nossos corpos no ápice

das teias armadas da traição

transmutei a transformação

do opio em ódio em gosto de sal

Na falsidade brilhava teus olhos

na noite de nossa cançaõ

enquanto perdia no vento os pedaços

dos meus versos no desejo

na tristeza em todo ou em parte

olhei para dentro de mim

para ter a certeza de não encontrar você.