AMARGOR

AMARGOR

O tempo recusa-se a passar

Os dias são longos e borrifados

De assuntos que passam e não marcam

Todo dia mortes que já não importam

De velhos amigos passados no tempo

Os que ficam vivos não tem significância

São apenas restos de passado

Num inútil presente

Segue a fatídica e fatigada vida

No apogeu do nada

Vivo para o tédio de apenas respirar

Feliz e vacinado

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 28/05/2021
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