BUSCA INTERIOR

Chega um tempo que aos seus olhos

Já cansados de contemplação real,

Um mergulho interior se faz mister,

Em busca da sua própria essência.

A curiosa contemplação de abstrações

O conhecer da alma, do seu espírito,

Das melodias compostas pelo vento,

Num fechar de olhos sem escuridão.

E quanto se pode ver de olhos fechados

Contemplar a si e conhecer os segredos

Profundos, da sua verdadeira história,

Os porquês que ficaram pelo tempo.

Navegar sem rumo pela vida, já vivida,

Avaliando sonhos e os velhos planos,

Numa cavalgada crítica na memória,

Pelas rosas, espinhos e lamentos.

Passei tantos anos sem saber quem sou,

Quanto me valeu na vida a ignorância?

Eu caminhei pelo norte dos meus sonhos,

Prescindindo da essência da minha alma.

Beto Pupo
Enviado por Beto Pupo em 08/11/2007
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