BUSCA INTERIOR
Chega um tempo que aos seus olhos
Já cansados de contemplação real,
Um mergulho interior se faz mister,
Em busca da sua própria essência.
A curiosa contemplação de abstrações
O conhecer da alma, do seu espírito,
Das melodias compostas pelo vento,
Num fechar de olhos sem escuridão.
E quanto se pode ver de olhos fechados
Contemplar a si e conhecer os segredos
Profundos, da sua verdadeira história,
Os porquês que ficaram pelo tempo.
Navegar sem rumo pela vida, já vivida,
Avaliando sonhos e os velhos planos,
Numa cavalgada crítica na memória,
Pelas rosas, espinhos e lamentos.
Passei tantos anos sem saber quem sou,
Quanto me valeu na vida a ignorância?
Eu caminhei pelo norte dos meus sonhos,
Prescindindo da essência da minha alma.