NOSSO CASTIGO

Haveremos de purgar as nossas culpas

No calvário cruel de nossas vidas

Lado a lado, carregando nossas cruzes

Com o peso de vontades esquecidas

E nos altares em que formos imolados

Restará o sangue podre do descaso

Que pautou nossos planos fracassados

Se ainda estamos juntos por acaso

E no ato final de nosso drama

Só nos resta chorar nossa desgraça

Como palhaços que já não fazem graça

E, para cobrir de luto nossa farsa,

Já nem sabemos mais como se ama

Se nem lembramos pra que serve nossa cama

24/08/2007

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 11/11/2007
Código do texto: T733391
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