" Embaixo da ponte"

Cantávamos mas não éramos ouvidos.

Choravamos e éramos esquecidos.

Gritavamos mas não éramos compreendidos.

Giravamos e éramos banidos.

Ameaçavamos mas não éramos corrompidos.

Abrilhantavamos e éramos acometidos.

Éramos nada e assim inexpressivos.

Éramos fantasmas e impulsivos.

Não éramos paixão nem ofensivos.

Não éramos dança nem expansivos.