O Paradoxo do Tempo.

Liberdade

Andar descalço ao entardecer

Caminhar no mesmo passo

Içar a vela

Perfume de outrora

Hoje é pranto de estrelas

Saudades são vagalumes

E sorrir sem vontade

Estrelas que brilham porque a luz mandou

Te parecem ser bem mais felizes

Navega perdida a verdade de agora

Só o tempo é livre

Arguto, ele passa sem te olhar

Calçar os sapatos, pisar diferente

Fui olhar a flor que foi bonita

Na leveza do vento

Como quem caminha lento agora

Gruda na roupa da gente uma luz de garoa

Uma gota a mais, transborda

Acorda tua eterna vontade

Não sabe de quê

Qual canoa se afasta a vagar

Essa estrada que se vive, ela tem fim

Não se pode segurar o tempo, ele não fica

Só que isso não significa

Ao tempo que ele seja livre.

Edson Ricardo Paiva.