Um eu em reconstrução para a próxima desilusão

Lembra quando falei que ia escrever sobre você?

É, só não imaginei que seria para dizer o que tenho a dizer

Imaginei mesmo possibilidades com você

Hoje essas possibilidades me fazem sofrer

Não, não é você, é o que imaginei com você

Minha imaginação, sim, ela é a culpada

Condenada, pela maior parte do meu sofrer

Ela está presa, prisão perpétua

Mas nas saidinhas, ela me toma de assalto

Arromba a porta do meu coração

Entra com uma doce ilusão

Me entorpece de um você

De um você que estou preste a nunca mais ver

De um você que não me fez sofrer

Eu sofro por sentir o amargo

O amargo da destruição,

ruína de toda imaginação de um eu e você

Eu sofro porque imaginar é doce,

E você destruiu minha imaginação

Eu volto, então, pro amargo do meu ser

Eu sofro porque por vezes, poucas vezes, abro meu coração

E tudo que resta é destruição, então, não entre, há um eu em reconstrução.