A Existência Esgarçada

Dançamos juntos na redoma de ossos

Rasuro teus olhos de tempestade

Frágil como a boca que consome a terra

Suas história, seus embargos e males

Descontinuamente caminho contra tua língua

Encontro teu peito oco alvo de cometas

Transito um batuque enfermo da pressa

Transbordo teu nome com remorso

O boto que comove com ausências

Eis um filho sem mãe ou pátria

Aprender a ser par, para evitar ser pai

Compunha com cadáveres de fomes hostis

A noite onírica contém iras

Reveladas no corpo apodrecido de Vênus

Agora ela é um híbrido de mistério e fórmula

Servindo particípio da farmácia

Ao mesmo tempo, canta urgência

Em um presente que a espreita

Evite traçar a língua com moiras

Pois seu lobby é sempre triunfante

Em um ritmo inconsciente

Orbito embaixo do teu semblante

Como viúva anunciando tua vinda

Em meu paladar bi partido por horas ímpares

Itinerante corpo me faz sentir seu gosto involuntário

Em um passado corrupto, formulava destinos inválidos

Faz-me anseios à eterna primavera em véspera

Como serás? Alegre? Transitivo? Denso? Pecado-estímulo?

Tudo que o mundo lhe deu foram assombros e escombros

Não existirá exaltação ou prudência. A terra já era breve

Tua inconstância entre mencionar os fluxos da tua ida

Fere a intuição de ciganos ao desviar do beijo da morte

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 17/08/2022
Código do texto: T7583961
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