Ilusionado. (Doces lábios, os de Iara.)
A espessura dos teus tenros lábios é o próprio canto de Iara,
E quando se abrem, e o lindo sorriso preciso, então, se escancara…
A cor discreta que com sutileza o sensualiza, nem de batom carece…
É como aTerra, na primavera, que com sois doirados, feliz alvorece.
E eu daqui encantado me esqueci de implorar que me amarrassem…
No Olimpo e sua casta eu cri, que daquele encanto me livrassem…
E por tempos achei que tanto encanto eu suportaria, ilusionadamente…
Mas foram aqueles lábios insinuantes, radiantes, tão doces e eloquentes...
Lábios onde muitas vezes feliz eu me perdi, chorei.. me consolei…
Beijos nos quais eu sonhava, totalmente distraído, que era um rei.
Os lábios que tremiam e me queriam e nos quais tantas vezes eu me vi,
Hoje se fecham, estão frios, e a quem eles pertenciam, sequer para mim sorri…