Avarenta serpente

Como bailam as serpentes

No teu vaso de marfim

Como giram, como tremem

E esse baile não tem fim.

Lançam longe, as serpentes

Seu veneno tão ruim

E se beijam e o seu beijo

Lembra o gosto de alecrim.

Bailam, bailam as serpentes

Na tua sala de marfim

E se abraçam sem parar

Mas nenhuma abraça a mim.

São malvadas as serpentes

Que você criou sem mim

Lhe entreguei o meu amor

Mas você ama o marfim.

Natalie Félix
Enviado por Natalie Félix em 30/11/2007
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