Avarenta serpente
Como bailam as serpentes
No teu vaso de marfim
Como giram, como tremem
E esse baile não tem fim.
Lançam longe, as serpentes
Seu veneno tão ruim
E se beijam e o seu beijo
Lembra o gosto de alecrim.
Bailam, bailam as serpentes
Na tua sala de marfim
E se abraçam sem parar
Mas nenhuma abraça a mim.
São malvadas as serpentes
Que você criou sem mim
Lhe entreguei o meu amor
Mas você ama o marfim.