O Teto
Era uma vez um teto
Um teto qualquer mas protegia a dignidade de alguém
Um furo havia neste teto que poderia comprometer toda a casa
Para ficar ali, os donos e moradores tentaram melhorar e reformar o teto
Só que para isso precisavam de materiais, pois sem os materiais o teto todo cai.
Um teto protege contra a chuva e neblina, contra o sol e ventania, contra o calor e frio
Sem teto, o relento e as estrelas parecem ser o teto. Sem saber como alcançá-los não se tem controle
Sem controle e sem teto, projetos mirabolantes e gastos milionários com foguetes delimitam o quanto se quer gastar
Sem limite de gastos, milhões de coisas deixam de serem realizadas para alimentar o ufanismo de alcançar as estrelas
Sem teto, sem limite de gastos, o projeto de um teto vira a ilusão de um maravilhoso lugar sem teto, sem limites
Sem limites e com gastos não regrados tudo o que foi gasto acaba com tudo que já foi conquistado e ajuntado
Sem nada ajuntado ou guardado, tudo que se tinha é desperdiçado e perdido
Perdido e sem teto, toda a vida debaixo daquele teto se compromete com doenças
Com doenças e com problemas no teto, até a chuva deixa de ser boa
Passando pelo teto a terra molha o chão e plantas crescem tomando conta da casa
Ao sol extremo, a erosão começa, desmorona o resto do teto e o solo se racha,
Com solo rachado, em erosão, as plantas racham a estrutura e a parede cai
Após a parede cair, o teto e tudo mais cai
O sonho se vai com a dignidade
E o medo vem sem piedade
A dor e a morte chegam
E até Meteoros
Ali caem