O Teto

Era uma vez um teto

Um teto qualquer mas protegia a dignidade de alguém

Um furo havia neste teto que poderia comprometer toda a casa

Para ficar ali, os donos e moradores tentaram melhorar e reformar o teto

Só que para isso precisavam de materiais, pois sem os materiais o teto todo cai.

Um teto protege contra a chuva e neblina, contra o sol e ventania, contra o calor e frio

Sem teto, o relento e as estrelas parecem ser o teto. Sem saber como alcançá-los não se tem controle

Sem controle e sem teto, projetos mirabolantes e gastos milionários com foguetes delimitam o quanto se quer gastar

Sem limite de gastos, milhões de coisas deixam de serem realizadas para alimentar o ufanismo de alcançar as estrelas

Sem teto, sem limite de gastos, o projeto de um teto vira a ilusão de um maravilhoso lugar sem teto, sem limites

Sem limites e com gastos não regrados tudo o que foi gasto acaba com tudo que já foi conquistado e ajuntado

Sem nada ajuntado ou guardado, tudo que se tinha é desperdiçado e perdido

Perdido e sem teto, toda a vida debaixo daquele teto se compromete com doenças

Com doenças e com problemas no teto, até a chuva deixa de ser boa

Passando pelo teto a terra molha o chão e plantas crescem tomando conta da casa

Ao sol extremo, a erosão começa, desmorona o resto do teto e o solo se racha,

Com solo rachado, em erosão, as plantas racham a estrutura e a parede cai

Após a parede cair, o teto e tudo mais cai

O sonho se vai com a dignidade

E o medo vem sem piedade

A dor e a morte chegam

E até Meteoros

Ali caem

Glaussim
Enviado por Glaussim em 22/08/2022
Reeditado em 22/08/2022
Código do texto: T7588191
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