Livrai-me do amor
Encaro a flor que sai do tijolo
quase morta pela garoa e musgo
Um trago no cigarro, uma oração na mente
Me livra de todo o hospício
De todo carcere
Esperar o calor evaporar os lampejos tristonhos , de uma recordação
Me livrar de todo amor mentiroso
Do olhar carrasco que me sorri
De toda maldição
Sou a pior de todas
O palido lúgubre rabujento
Arranhando fotos que memorizei
Imortalizando tudo aquilo
Que eu mesmo matei
Peço na prece , choro escondido
Grito perdido
Só ecoa e ecoa
O lamento arrependido
Sem forças pra me combater
Morro de dentro pra fora
Apodreço a raiz
Aqui nada brota
Que triste caríz.