A Voz da Negação

Não que a flor esteja estatelada na superfície.

Não que o sol ao partir

Deixou seu calor desbotar a flor.

Não! Não que as folhas gravitam sem escolha.

Não! Não nego que de modo exato e sem pesar,

As cores correram sobre o papel

E matizaram brilhante

Encobrindo as expecturas deste corpo sólido e carregado de dissabor.

Cansadamente meus olhos repousam na serenidade cintilante da parede.

Não é a minha voz que ensurdeceu.

Não é a minha pele que deixou de existir.

Não é a dor que persiste em subsistir.

A voz não cala para negar.

A voz fala para não emudecer

No cenário iluminado e repleto de esperança.

As cores vivas permanecem

No sol ou na lua.

As cores ficam nos olhos estarrecidos da dor

Que hora parte deslocada por não caber no verde exposto,

Claro e completo de expectativas para uma visão nova e sem negações.

Fatimiha
Enviado por Fatimiha em 27/12/2022
Reeditado em 16/04/2023
Código do texto: T7681091
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