Vida dura e vil

Oh vida amarga, arteira e passageira,

De amores fugazes e mentiras mil,

Que nos consome como chama inteira

E nos devora a toda hora em seu ardil vil.

A dor que sinto é como um mudo punhal

Que sangra fundo e fere a alma inteira.

Não há consolo, não há luz nem fanal

Que possam curar a ferida primeira.

Oh mundo infame, enxague e corrompido

Que nos seduz com suas galáxias e falácias

E nos aprisiona em um egoísmo maldito.

Eu, sozinho, canto as manhas e artimanhas,

Canto a vida, a morte, a dor, cada amor ferido

Com esta voz estranha de minhas entranhas.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 10/03/2023
Código do texto: T7736851
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