Eternidade

Por que a ociosidade nos faz prisioneiros?

Porque a maldade é feita de tiros certeiros...

Por que nada é eterno quando tudo se procura?

Porque nada é palpável nesta vida tão dura...

Por que o perene é tão indivisível?

Porque não se teme a euforia incrível...

Por que as dúvidas não trazem paz?

Porque não há nada para correr atrás...

Por que as mentiras tomam conta?

Porque o indesejável nos afronta...

Por que não se pode ser eterna criança?

Porque não há mais pingos de esperança...

Por que as pessoas morrem?

Porque sentimentos somem...

Por que verdades são escondidas?

Porque mãos não são mais amigas...

Por que almas continuam a intrigar?

Porque cavaleiros não sabem mais cavalgar...

Por que ditados não são mais ditos?

Porque já se esqueceram os mitos...

Por que as pessoas são passageiras?

Porque do eterno são prisioneiras...

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 11/12/2007
Reeditado em 11/12/2007
Código do texto: T774015