Quando quem cala consente

Mando flores para ninguém,

escrevo cartas ao acaso.

Nenhum endereço me leva do mar,

nenhuma maré chega com atraso.

Então, é a vida marejando o olhar,

medindo em milhas a solidão,

cortando ondas que perpetuam,

sentimentos que amuam,

e o sim preterido ao não.

Venta a brisa, venta leve,

porque toda estada há de ser breve,

enquanto não houver qualquer razão.

O amor que chega a onda leva,

e a todo costume a alma releva,

e assume em silêncio a aceitação...

WINDHUK
Enviado por WINDHUK em 13/06/2023
Código do texto: T7812854
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