Autuação
De que valem as seivas
dançando na boca
às línguas salivadas
de desejos tão intensos...
De que valem intelectos
que provêm, orgásticos,
da volúpia do aprender
do filosófico, às letras...
De que valem torturas
paixões ávidas de momento
sugadoras das essências,
do sinestésico à razão...
(se as verdades, as ocultas
sob a égide dos sentires
são tão claras, essas,
como ardis manhãs de sol?)
Autuado em flagrante, o
ardiloso, tolo, ou ingênuo
não engana a si mesmo,
ao falso iludido muito menos.