Autuação

De que valem as seivas

dançando na boca

às línguas salivadas

de desejos tão intensos...

De que valem intelectos

que provêm, orgásticos,

da volúpia do aprender

do filosófico, às letras...

De que valem torturas

paixões ávidas de momento

sugadoras das essências,

do sinestésico à razão...

(se as verdades, as ocultas

sob a égide dos sentires

são tão claras, essas,

como ardis manhãs de sol?)

Autuado em flagrante, o

ardiloso, tolo, ou ingênuo

não engana a si mesmo,

ao falso iludido muito menos.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 26/06/2023
Código do texto: T7822701
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