A LADAINHA DO ROMPIMENTO

Fazes o que queres

Queres sumir ao vento

E como o alento

Morrer sufocante

Tente viver novamente

Buscar ver e ser gente

Sem ser prisão indevida

Da sua intensa covardia

Partirás infinito desejo

Sem dizer palavras sutis

E como longe do beijo

Morrerás longe de mim

Vá embora, corras agora

Chegou o poço da hora

Que dividirás nossas carnes

Para sempre, amém

E quem dirás o contrário

Não saberás o que foi

Buscar ser amado

Sem lembrança de relicário

Fostes eu a salvação

Fostes tu minha perdição

Fostes nós uma fantasia

Fostes nós uma mentira

Momento oportuno do rio

Abraçar todas as mágoas

E sem medo nem falta

Deteriorar toda a esperança

Sentença maior é o fim

Que precisas acontecer

Sem coragem o amanhecer

Para então você sumir

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 27/07/2023
Código do texto: T7847678
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