As Cinzas da Corda da Forca Deteriorada

Pus fogo nos olhos que me consumiam

Nas distâncias confortáveis da noite

Ainda que eu possa sentir a tempestade castanha na minha pele

És completamente desconhecida a tua identidade

Eu mesmo míope, não cantei com anjos

Mas rangi os dentes em casos esotéricos

Inventei a histeria dentro da espera

Eu também procurei o risco, eu também [dancei vitórias

antes da hora]

Servir está próximo de amar

Eu conheço os sons desta imunda cidade

Alarmando romances, construindo suicidas

Eu desconheço a calma que hoje é exalada

Parece exílio, ou uma fissura em muralhas

Por onde a corrente de vento da madrugada

Invade e se alastra feito encontro sigiloso

Deixem outros chiados se alarmarem primeiro

Eu acho graça no balé das possibilidades

Atestam paixão, vão e voltam acompanhados da decepção

O vinagre preso na garganta, torna-se doce, o fluído da revanche

Assisto a tudo embriagado com o sangue da indústria

Protelando e protegendo algozes

O repertório dividido em: positivismo, céu de algodão e terra de sal

As feridas são viúvas dançado sem cabeça, invisíveis a olho nu, é claro

Conjurar o feitiço das borras de rostos comuns: Pílulas densas de zinco

A criança e a mãe, não tão criança e o ato não maternal assim

Tua fala presa na inocência que reluta em perceber

O azar e a face esplendorosa de encarar erínias nos olhos

E ver refletida a sua própria morte: A ultra exposição da índole

A trova pós-medicação, peles de lebres no ralador

Aprontada na cozinha as pressas, servida em taças de prata

Tua carne também na mistura de cinzas de cigarros, tal aperitivo

O fogo posto, fora a minha ruína. A crença arrogante da minha enfermidade: Ser

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 07/08/2023
Código do texto: T7856008
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