PRECÁRIO

E quanto aos dias,

Eles são todos iguais,

Frios, sem brilho e escuros,

Dias parados no tempo.

Os ponteiros do relógio,

Cismam em não andar,

Parados a me torturar,

Horas inglórias. Tédio...

Saio para ver gente. Vejo.

Ninguém me vê. Solidão.

Aos poucos me recolho,

Afundado em escuridão.

E os dias? Um só dia.

Não importa o calendário,

Muita agonia,

Prisioneiro em estado precário.

Celso Ciampi
Enviado por Celso Ciampi em 09/12/2023
Código do texto: T7950310
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