O maior dos erros

O maior dos erros em lugar algum está descrito

Mais topar com ele gera um grito

Que faz a alma toda tremer

O universo inteiro se reconfigurar

Muda a forma de ver

A velocidade de andar e de falar

De responder,

E influencia no dormir

Pode até mesmo fazer o ser pensar

Em que seja melhor sucumbir...

O maior dos erros é continuar

No mesmo caminho sem olhar

Em quem se topa e na forma de tratar

As miudezas da vida

Das relações com a natureza

Humana e animal

Com toda forma de vida e com o mineral

Achar nos outros pontos a se consertar

Sem nunca ver-se a si mesmo

Como sujeito que pode errar...

O maior dos erros é difícil de se revelar

Se mantém em segredo desde o começo

E às vezes vai até o terminar

Levando a pessoa que nasce numa boa

Às portas da morte transpassar

Como se tivesse sido sempre retido

Em suas ações

É uma cegueira que vai além da visão

E quem assim vive não vê em si necessidade de consertar

O maior dos erros é nunca de si

Ter toda uma revelação

Como que chegasse de sopetão

E desalinhasse toda nossa visão

Que se concentra em um único poto de ebulição

O maior dos erros é ter a carga de todos

Os pecados reveladas,

E seguir sem tentar mudar de estrada

Empedrando aínda mais

A fraca consciência que todo mundo traz

Beleza mesmo é mudar, não a pessoa

Que isso não se faz,

Mas os parâmetros íntimos que só a alma traz

E, digo sem pestanejar, essa carga é demais

Que eu de mim mesmo me acorde

É a oração que mais me apraz

De uns dias para cá tenho me visto muito mais

E tanta vergonha se há de mim revelado

Que não me sinto capaz

De andar sem agradecer nem um minuto a mais

Que a ventura me permite viver,

E eu vivo sem cobranças

Assumindo a responsabilidade de tudo que fiz de infeliz

Pedindo que se afaste de mim

O sentimento de culpa

E que cada gesto e pensamentos meus seja ora diferentes

Daqueles que se embrulha se atulham e esmagam minha mente

Oh, Deus, que graças de dais,

A de contemplar tantos pecados praticados

E agora como um tesouro tê-los

Para sangrar na vida certo do leme

Que o seguro forte

Indo agora sem magoar outros seres

Tendo isso como ética e norte...

Ter acordado me vendo as entranhas foi minha maior sorte.

Tenho andado silencioso e pensativo,

Sempre tendo por meta me melhorar...

Que andem os outros como andar,

Falar nem sempre é preciso, sim e não hão de me bastar...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 20/12/2023
Reeditado em 20/12/2023
Código do texto: T7958353
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