CRENDICE

                           Solano Brum

Um tempo atrás, entreguei-te o coração...

Lembra, amor? E lhe disse: Por onde fores

Seguir-te-ei! Sob o sol de qualquer Verão,

Ou todas as Primaveras de belas cores!

 

Pisarei contigo, folhas mortas pelo chão,

De iguais Outonos, salpicados de ardores!

Seguir sem dar ouvidos a qualquer opinião

Ou quem disser: No começo tudo são flores!

 

As belas coisas nessa vida que passamos,

Como retrós de linha, desenrolando vamos,

Como se, calados, fugíssemos da solidão!

 

Num certo ano - no Inverno – foste embora...

Desde então, me pergunto: Que faço agora

Amor, se levaste contigo meu coração!

= = = = =

 

Verão,

Primavera,

Outono

Inverno...

Republicação Pg 10 ou 9 de minha escrivaninha.                                                               

A pedido.

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                                                                  Berta Novick BELÍSSIMA INTERAÇÃO AO TEXTO "CRENDICE" O QUE MUITO ME DEIXOU HONRADO - OBRIGADO POETISA.

 

Berta Novick

" Num dia lindo de verão, as juras se fizeram

Sob forte exaltação.

Dois jovens corações, entregaram corpo e A'lma em litúrgica sensação.

O tempo se passou, num revoar de estações.

Num breve ...breve Tempo

Entrando outono, entrando inverno, os dois amantes se entreolharam novamente

A refazer as tais juras de Amor!

Ah! Tempo se esvaiu e nas mesmas sendas percorridas

As juras antes feitas

Um deles ...feneceu, qual flor imensamente bela.

Doces memórias vieram se encontrar até que,

Um dia, os laços voltem a se encontrar

Nesse doce e eterno despertar'! 

                = = = 

 

 

                                                                 Altamiro Fernandes da Cruz MESTRE, FICOU TÃO LINDO O SEU COMENTÁRIO QUE OUSEI PUBLICÁ-LO NA PÁGINA. DEIXAS TODA SUA FORÇA DE EXPRESSÃO COMENTANDO, COMO SE PUBLICASSE EM SUA PÁGINA, UM TEXTO POÉTICO. OBRIGADO

 

 

                Altamiro Fernandes da Cruz

Boa tarde, meu ínclito, dileto amigo e poeta/supimpa: Solano! Crendice. O título, por si só, já é reflexivo por termos a obrigação de crermos em algo. E o ato de crer, tem - em seu íntimo contexto - o sentido de confiar. Eu e todos nós só acreditamos em Deus porque Nele confiamos. Quando, no seu lindo poema, você

"Entrega o seu coração"

"Por onde fores Seguir-te-ei",

fica evidente o inexorável ato de confiança. Mas o amor (Ah danadinho amor!) adora nos pregar "'uma peça". E esta "peça" evidencia-se ao final do seu lindo poema quando a sua amada se vai:

"Num certo ano - no Inverno - foste embora".

(E você se pergunta:):

-"Que faço agora Amor, se levaste contigo meu coração".

Lindo... muito lindo, descritivo e reflexivo poema. Mas - e como bem diz o adágio popular: "A fila anda". Ela, sua amada, se foi mas deixou o seu coração, o oásis fecundo para que outro(s) amor(es) possam novamente fazer-lhe feliz. Gostei em demasia deste e de todos as demais obras literárias assinadas por você, o Mago da Literatura Recantista! Meus mais efusivos parabéns!

 

 

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 19/01/2024
Reeditado em 01/02/2024
Código do texto: T7980152
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