Terminal deslumbrado
Na riqueza um dia obtida
esquecido foi o brilho do olhar,
permita ao menos o derradeiro implorar.
Não condenemos isso ao nosso
Subterfúgio amor.
Das estrelas empregadas em nossa paixão,
não me permita assim me levar,
Aos pensamentos arrependidos em
nosso querer esquecido,
Nas carícias trocadas no calor
porém encontradas perdidas,
Nas sanguessugas cravadas
em minha pele descamada,
Na nossa taça de vinho aclamada
mas quebrada com o líquido dentro,
A vislumbrar a sua cara descarada
permanecida a me enganar.
Mentira?
Não saberia sequer falar uma vez
se a vida constante é adoecida.
As memórias ao mar perdidas
e o meu suplício no último fôlego.