Olhar cinzento

Estou cansada de expirar tristeza

Da visão soturna da vida,

Do que me corrói a alma

E parte do coração.

Estou farta de abrir os olhos e ver o mundo igual

Mais cinzento, mais frio, mais vazio,

De me ver consumida pela abrupta má energia dos outros,

Sem forças para lutar

Sem vontade de acordar

Já sem lágrimas para libertar

Gritos para dar

Garra para caminhar.

Não sou animal, sou gente

Gente que sofre mas não mente

Gente que vê e não nega

Gente que faz parte deste universo certamente

Universo diferente

Do que os meus olhos buscam.

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 02/12/2005
Código do texto: T80178