Relato de alguma noite qualquer

Eu escrevo torto em linhas retas

Minhas curvas no espelho são retas

Meu caminho é de curvas fechadas

E eu queria mesmo é estar aberta

Pra novas pegadas, novas baladas

Mas as ruas da minha vida são desertas

E as madrugadas vazias de esperança

Só queria ter quem acordar

Para andar comigo sem rumo

Sem ter hora ou obrigação de voltar

Porque não quero voltar

Em casa não é meu lugar

Minha casa não é meu lar

Não tenho abrigo, é como vagar

Minha alma é livre e rebelde

é minha estranha energia

fraca e carente

ansiosa por brilho

Não traço caminhos diretos

Meus feitos decerto são poucos

Mas são meus meus certos desafetos

De conquistas não muitas...

apenas sobrevivência

Despedidas desconheço quem sabe

seja difícil crer no "pra sempre"

Não quero muito, apenas tudo que quero...

Não preciso de trabalho, prova ou exame

...Eu já tô passada

Fogo Selvagem
Enviado por Fogo Selvagem em 07/01/2008
Código do texto: T807190