Quando morrer
Esvai-se o corpo, esvai-se a alma
Quase tudo parte ou vai se embora
Mas dentro da neblina fúnebre da morte
Ficam sempre as lembranças na memória
Permita, oh Deus, que eu não seja esquecida
Que padeça meu corpo, mas registre uma história
Minhas imagens carinhosamente guardadas
Por aqueles a quem tanto amo
Que uma missa seja sempre dedicada a mim
Nos corações daqueles por quem vivi
E na estrada que agora hei de trilhar
Possam ser esquecidos os males que fiz
Perdoa-me por meus erros, porque sou humana
Pois minha incontestável perfeição,
Foi devastada por meu livre arbítrio, que bondosamente recebi
Proteja-me das conseqüências dos meus próprios atos
Embala-me com teus ternurosos braços
Que meus entes não sucumbam pela perda sofrida
Mas também que não esqueçam de mim
Pois esvai-se o corpo, esvai-se a alma
Mas ficam sempre as lembranças na memória