Nada de mim

Um eco no horizonte,

Este vazio parece perpétuo,

Não sou mais eu.

Espadas e punhais,

Transpassaram meu coração

Retiraram minha razão.

As lágrimas são, agora, minhas fiéis companheiras.

Minhas mãos vazias, padecem a falta do meu sonho,

Ele não existe mais.

O brilho do sol confunde-se com o brilho salobo dos olhos,

Este sorriso não é espontâneo,

É um risco numa tela branca com carmim.

O que restou? Furia.

O que ficará? Sobras.

Tento me encontrar.

Tremem as mãos e esforçam-se para encontrar o rosto,

Talvez reste algo, quem sabe.

Dessa perdição.

Nem mesmo o espelho é capaz de refletir

oque de nada encontro em mim.

Nanda Realli
Enviado por Nanda Realli em 06/02/2008
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