Gelo
Minha insensibilidade grita
Promete e acalma
páginas viradas, amores compreendidos
Nos dias de seca, não digo nada
E até ouço teu apelo, o mesmo jogo cênico
com um sorriso contido por dentro
decifro-te e enfim provo-te com gelo
Ainda sobra tempo pra eu devolver
ao teu ouvido veneno
Continua bem servido, mas pequeno.