EM ONDAS EFÉMERAS DE LOUCURA

Por dentro da minha idade fora

desde a treva

à felicidade das loucuras que vivi,

guardo as pérolas delicadas

das mulheres que nunca amei.

Eram como as luzes da noite estonteantes

na cidade inebriante

e em fúria por viver.

Passageiras fugazes na paragem

à espera da viagem acontecer.

Passageiras clandestinas

que não souberam fazer correr

o sangue que à vida dá outro sabor.

E outro prazer.

Subi, dessas mulheres, os degraus

arrepiantes

em ondas efémeras de loucura

em delírios amargos, sem ternura

nem formas de beleza genial.

E sofri.

E fechei o meu espaço muitas vezes

às leis severas da razão.

E gritei. E revoltei-me e não ouvi

os ditames do bom senso

e perdi-me tantas vezes

nos corredores da ilusão.

À procura dum sonho que não vivi

doutra forma

sonhava tantas vezes transformar

esta loucura

em realidade. Sem conseguir.

E embarquei

nestas ondas de loucura

e do sonho sem raízes

brutalmente

de cama em cama das mulheres

que nunca amei.

Formas fugazes de viver

e conseguir

realizar as loucuras ilusórias,

insolúveis,

e sedentas da insondável ilusão.

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Alvaro Giesta
Enviado por Alvaro Giesta em 21/02/2008
Reeditado em 21/02/2008
Código do texto: T868814
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